A epilepsia é uma alteração do funcionamento do cérebro, que se manifesta pelas crises epilépticas, causando uma descarga anormal das células cerebrais (neurônios), fazendo o cérebro emitir sinais inadequados.
Pode-se manifestar de diferentes formas, os sinais e sintomas variam conforme o tipo de crise. Uma das crises mais comuns é a crise tônico-clônica, chamada também de convulsão. Esse tipo de crise é facilmente reconhecível, o paciente apresenta abalos musculares e generalizados, salivação excessiva e na maioria das vezes, morde a língua e perde urina e fezes.
Outras crises podem não ser reconhecidas por pacientes, familiares e até mesmo médicos, pois os sintomas são apresentados de forma sutil, como a leve alteração no comportamento, movimentos automáticos, entre outros.
O paciente pode desenvolver epilepsia, mesmo que não apresente nenhum problema estrutural no cérebro e nenhum histórico familiar. Para a investigação da causa, a idade também é um fator importante. Em adultos, as causas tendem a ser os traumatismos, tumores cerebrais e AVC.
O tratamento para as crises epiléticas é feito através de medicações específicas, chamadas de fármacos epilépticos. Há mais de 20 fármacos disponíveis atualmente para o tratamento. Com isso, cerca de dois terços dos pacientes têm suas crises controladas. Para pacientes que continuam tendo crises, há outras opções de tratamento, como o uso da dieta cetogênica e tratamento cirúrgico.
Além disso, a neuromodulação com a estimulação do cérebro ou de nervos periféricos, também pode ser uma opção terapêutica para pacientes com epilepsia de difícil controle. Recentemente, a utilização do canabidiol passou a ser utilizado no tratamento, com bons resultados para alguns tipos específicos de epilepsia.
A maioria dos adultos com epilepsia tem suas crises controladas com o tratamento adequado, de acordo com suas particularidades, podendo ter uma vida normal, com pouca ou nenhuma limitação. É muito importante que haja o diagnóstico precoce e correto, tendo um tratamento adequado e permitindo que o paciente tenha qualidade de vida.
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